Parece que faz tanto tempo;
nada mudou no trajeto:
anseios
de quando éramos livres
retornam agora com as ondas.
Eu te quero
- e isso é bom que se diga -
muito mais do que o necessário.
E este excesso
fica emperrado nos vãos
do que me move.
Parece
que tudo o que era doce se fez sólido
e por isso improvável.
Parece.
Parece que nunca nos alcançaremos.
Mas hoje,
enquanto as ondas e a brisa dançarem
suaves,
meninas da noite, eu,
homem sóbrio
- hoje,
depois de tudo o que passei -
estarei dormindo, afinal,
ainda mais criança
do que no princípio.
quarta-feira, 12 de janeiro de 2011
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