Aí vem o silêncio. Você e seus amigos se entreolham, respiram fundo. "Isso não ia ser fácil", alguém diz. Novo silêncio. Novos olhares. Até que alguém bate na mesa e fala decidido: "Então é melhor a gente começar agora".
Acho que foi a Clarice Lispector que eu li uma vez dizendo que quando você quer chegar a um ponto é preciso trilhar caminhos muito diversos, inclusive no sentido oposto ao do ponto em que você quer chegar. E quando você luta para realizar um sonho, é impossível se manter à distância de tudo o que a realidade traz em si de pesadelo. A burocracia burra e a falta de dinheiro para um evento dessa natureza são quase irrelevantes, para mim, diante de questões humanas como ceticismo e arrogância, má vontade, oportunismo, estupidez, mesquinharia, etc, etc, etc. É como atravessar o inferno por uma fé meio vaga de que o paraíso ainda esteja à espera. É quase ser engolido pela máquina enquanto você se esquece do que queria quando começou a construí-la.
Mas quando tudo acontece, afinal, você descobre um pouco espantado que a realidade já não é mais tão diferente do sonho que você sonhou um dia...
4 comentários:
Póóóóóde! ;)
e no final de uma noite longe sempre há a luz do dia novo.
Lembre que sempre poderá contar com parceiros para sonhar e que mais importante que isso, estes lhe ajudarão a concretizar os sonhos.
Repetindo aquela velha, mas boa, da Margareth Mead: "nunca duvide que um pequeno grupo de cidadãos engajados consiga mudar o mundo. De fato, essa foi a única maneira de se conseguir isso até agora".
Festejemos, então.
O sonho se realizou... e enquanto dormimos vamos aproveitar...
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