segunda-feira, 4 de maio de 2009

Como escrever seu próprio manual de sobrevivência

1. Comece registrando fatos sem nenhuma importância, por exemplo: "Hoje um inseto morreu no meu copo de suco".

2. Altere o sentido de algumas frases, de modo que elas acabem parecendo um pouco inusitadas. Um exemplo simples: onde você escreveu "Fui passear em uma estrada cheia de hortências", escreva "Passei o dia tentando acompanhar as hortências, mas elas sempre iam para o outro lado".

3. Escute músicas de amor, de preferência as de um amor que deu certo. Não é preciso estar apaixonado: apenas cante junto e finja que está. Faça uma lista das suas preferidas e atualize quinzenalmente.

4. Faça uma lista dos melhores momentos da sua vida. Demore-se bastante em cada um, procurando identificar as sensações que eles despertam. Lembre-se de que viver o presente não tem nada a ver com não regar flores de ontem.

5. Não deixe o seu manual se viciar em um estilo. Quando achar que a ternura está virando melancolia, que as imagens vão ficando exageradamente coloridas ou que as declarações de amor começam a implicar com os defeitos do outro, tente escrever sobre alguma coisa que nunca antes havia passado pela sua cabeça.

6. Mas também não se vicie em evitar os vícios.

7. Prefira os lápis – mas nunca, em hipótese alguma tenha medo de se arrepender daquilo que escreveu. Para este caso, sugiro acrescentar ao seu manual o subtítulo: Ao contrário do que se imagina, sobreviver exige uma boa dose de fraquezas.

Um comentário:

a disse...

Adorei, hahaha! :)