Coração de gente é mundo muito grande pra se conhecer numa só vida. Terras sombrias, então – que essas não faltam – a cada passo se desdobram em milhões de novos mundos. Labirintos, pântanos, abismos em progressão geométrica. Frequentemente alguém se perde por ali, no bom e velho exercício de buscar saídas. Só que às vezes não buscam e não saem.
Alma de gente tem casulo – mas não é pra morte que a lagarta se retira. Sozinho no escuro, no medo e na dor, nem sempre a gente entende o puro instinto que prepara o voo. Porque voar é impossível – e disso, qualquer lagartinha sabe. Mas um dia a gente cansa e começa a arranhar as paredes. Até que alguma coisa se abre.
Cabeça de gente pode muito bem se virar pro alto – que estrela sim é um infinito que interessa.
Luz de gente não se ensina: se acende.
quinta-feira, 29 de janeiro de 2009
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3 comentários:
Obrigada ;)
O que me fez lembrar, quase como uma continuação natural da última constatação, a frase (excelente) do Caetano:
- Gente é para brilhar, não para morrer de fome.
ah, que bonito Roger!
eu sempre venho com comentários toscos, mesmo diante de textos cheios de beleza, né?
então, para não perder o costume aí vai:
"não basta ser farol, é preciso estar aceso"
(tsc,tsc,tsc - rs)
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