Canto porque fui como qualquer criança – e era o meu jeito de não escutar o que me incomodava.
Canto porque trago em mim o que a memória não apaga: amor secreto, alto do muro, vento no rosto ao passear de bicicleta.
Canto pra não me esquecer de um tempo em que vaguei com medo, ferido e abandonado – e ao chegar em casa descobria flores no tapete em frente à porta.
E um tempo mágico de anjos e cataventos, de estrelas que caíam no telhado e a gente não sabia o que fazer com elas.
Canto porque tudo segue vivo – e eu canto finalmente pra não me esquecer de agora.
quinta-feira, 16 de abril de 2009
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